in: CARRAJOLA, C. et al (2007 a)
-Reconhecer vantagens e desvantagens entre mitose e meiose.
-Comparar os processos de mitose e meiose.
-Comparar estratégias de reprodução sexuada.
-Identificar reprodução interna e externa.
Desenvolvimento:
Este tipo de divisão nuclear faz parte de um ciclo celular especial em que ocorrem várias etapas até à formação das células filhas: a interfase pré-meiótica, a meiose e a citocinese. Devido ao facto de, na meiose, ocorrerem duas divisões consecutivas com uma única duplicação do DNA, o resultado final é a formação de células haplóides capazes de participar no processo de fecundação, originando um ovo com o numero de cromossomas característico das células somáticas da espécie. Assim, unindo-se os gâmetas (n) masculino e feminino, é reposta, na nova célula diplóide (2), a quantidade de DNA.
Na profase I, o crossing-over é um mecanismo responsável pela recombinação genética, pois permite a reorganização do material presente nos cromossomas provenientes dos progenitores, que dá origem à recombinação intracromossómica.
Posteriormente, na metáfase I, a orientação dos bivalentes na placa equatorial, que ocorre de forma aleatória, volta a aumentar as hipóteses de novas combinações, uma vez que esta posição determina os cromossomas que vão ascender a cada pólo na Anáfase (recombinação intracromossómica). Também na anáfase II, com a segregação dos cromatídeos-irmãos e a repartição ao acaso dos vários cromatídeos pelos pólos, separação ao acaso dos cromatídeos, se multiplicam as hipóteses de diversidade.
Os fenómenos de crossing-over, de segregação dos homólogos e de separação dos cromatídeos podem originar alterações na estrutura ou no número de cromossomas, se ocorrerem alguns erros, e levar ao aparecimento de mutações cromossómicas.
in: CARRAJOLA, C. et al (2007 a)
A reprodução sexuada permite uma grande variabilidade genética nos organismos. É esta variedade que possibilita, em condições adversas, a sobrevivência dos indivíduos da espécie que melhor se adaptam às variações ocorridas. Os processos que contribuem para esta variabilidade são a meiose e a fecundação, que permitem a recombinação dos genes provenientes dos progenitores, dando misturas imprevisíveis de caracteres na descendência.
Estratégias da reprodução sexuada
A reprodução sexuada revelou-se mais eficaz para as espécies que a adoptam, dado que assegura maior diversidade, e consequentemente maior capacidade de sobrevivência a variações do meio. A reprodução sexuada implica a produção de células sexuais, a promoção do seu encontro e a sua fusão, a fecundação, e isso exige um maior dispêndio de energia.
Nos animais as únicas células sexuais são os gâmetas; os masculinos (espermatozóides) e os femininos (óvulos), que resultam de processos de meiose, que ocorre em estruturas especializadas, as gónadas. Os testículos são as gónadas masculinas onde se produzem os espermatozóides e os ovários são as gónadas femininas onde se produzem os óvulos. Em muitas espécies um único indivíduo produz os dois tipos de gâmetas, denomina-se hermafrodita. Nos casos em que a produção de gâmetas é simultânea e pode ocorrer autofecundação, denomina-se hermafroditismo suficiente. A fecundação ocorre entre gâmetas provenientes do mesmo indivíduo, não assegura um grande acréscimo de diversidade, mas é a única solução que algumas espécies encontram para se reproduzirem. Noutros casos, apesar da dupla produção de gâmetas, a autofecundação não é possível, por vezes, por uma incompatibilidade anatómica de contacto entre os gâmetas, necessitando estes animais de recorrer à dupla fecundação, cada animal age simultaneamente como macho e fêmea. Denomina-se hermafroditismo insuficiente, a descendência possui assim cromossomas de ambos os progenitores.
Nas plantas além dos gâmetas, encontram-se também outras células sexuais, os esporos, que resultam de meiose e são produzidos em estruturas designadas por esporângios. Os gâmetas nas plantas resultam de mitoses. É possível distinguir gâmetas femininos, oosferas, que são formados nos arquegónios e gâmetas masculinos, anterozóides, que são formados nos anterídios. Os órgãos da planta onde se formam os gâmetas designam-se por gametângios.
Fecundação
Para que exista fecundação, é necessário sincronismo na produção de gâmetas por parte dos dois progenitores, o que pode resultar de estímulos ambientais, em animais ou plantas, ou estímulos sociais, exclusivamente em animais. A fusão das células sexuais, a fecundação, também tem de estar em harmonia com o próprio ser vivo habitat.
A fecundação externa ocorre quando o encontro dos gâmetas se verifica no meio ambiente, e restringe-se apenas ao meio aquático, e como tal às espécies que aí se reproduzem (algas e animais aquáticos). Esta fecundação exige uma produção maciça de gâmetas, a probabilidade de se encontrarem é muito baixa.
No meio terrestre é necessário uma fecundação interna, devido à mobilidade dos gâmetas ou a hidratação do ovo ou zigoto estariam comprometidas. A vantagem deste processo é a poupança energética na produção de gâmetas. Algumas espécies restringem a produção de gâmetas femininos a um único por ciclo sexual.
A fecundação interna exige que se crie uma forma de depositar um tipo de gâmetas no interior do organismo do sexo oposto. A maioria dos animais desenvolveu um órgão copulador nos machos, o pénis, e as plantas mais evoluídas desenvolveram o crescimento de um tubo polínico que assegura o depósito dos anterozóides perto da oosfera.
Conclusão
A reprodução sexuada envolve dois fenómenos que ocorrem alternadamente, a meiose e a fecundação. A profase I é uma fase longa durante a qual ocorrem fenómenos de extrema importância para garantir a variabilidade genética, o crossing-over. A segregação dos homólogos na anafase I e a separação dos cromatídeos-irmãos na anafase II são outros fenómenos que contribuem para gerar diversidade de características.
A meiose assegura a variabilidade genética, o que é vantajoso para as espécies por aumentar a sua capacidade de subsistência em condições adversas.
Bibliografia
-Carrajola, C; Castro, M, J; Hilário, T.- Planeta com vida, biologia. Santilhana, Carnaxide, 2007
-Santos, A; Santos, M; Santos, M - Biologia e Geologia, 11ª O Essencial, Asa Edições, Porto, 2007.
2 comentários:
Não precisas de explicar a meiose de forma tão aprofundada. Esse trabalho é de outros elementos.
Tens que explicar como a meiose permite variabilidade.
Até amanhã, esperemos que com net.
G.
Eu gostei muito ele trasmite muitas coisas. o processo que eu mais entendi foi o do que fala do zigoto que é a fecundaçao ou seja união dos gametas!!!!!!!
nota: 10
Enviar um comentário