terça-feira, 10 de junho de 2008

Transporte nos animais


Introdução

Ao longo do meu trabalho pretendo falar sobre os sistemas de transporte nos animais. Existem dois tipos de sistemas de transporte e estes vão ser explicados e indicados ao longo do meu trabalho assim como os três tipos de circulação.


Objectivos
- Definição de Hidra e Planária;
- Explicar o que são os sistemas de transporte aberto e transporte fechado;
- Saber explicar e o que é a circulação simples, dupla e incompleta e dupla completa.

Desenvolvimento

Nos animais aquáticos de grandes dimensões e em todos os terrestres a difusão é insuficiente para a distribuição dos nutrientes, gases e produtos de excreção. Como consequência, para conseguirem sobreviver e atingir dimensões consideráveis, estes animais têm de possuir um sistema de transporte.
Temos como exemplo de animais aquáticos de pequenas dimensões as:
Hidras – são animais aquáticos muito simples. Tem duas camadas de células possuindo no seu interior uma cavidade gastrovascular que se estende até ao interior dos seus tentáculos. Todas as células contactam com um meio fluido que lhes proporciona, por difusão, tudo o que necessitam.

Planárias – são animais achatados e que vivem em meios aquáticos ou húmidos. Tal como as hidras, as planárias também têm uma cavidade gastrovascular mas com ramificações que permitem que todas as células realizam as trocas necessárias com o meio.

Existem 2 tipos de sistemas de transportes nos animais, são eles:

Sistema de transporte aberto
– O líquido circulante abandona os vasos e espalha-se pela cavidade corporal. O fluído que circula nos vasos e que banha as células tem por isso a mesma constituição, e como tal, recebe a designação de hemolinfa. O coração destes animais, de forma tubular e com posição dorsal recebe a hemolinfa e, com uma contracção, impulsiona-a para a aorta dorsal. Daqui é expulsa para o hemocélio banhando os vários órgãos e procedendo às trocas necessárias. Após a contracção, o coração relaxa, gerando-se uma força de sucção que, acompanhada da abertura de válvulas laterais ou ostíolos, força a hemolinfa a entrar de novo no coração.

Sistema de transporte fechado – O sangue não abandona, em situações normais, os vasos sanguíneos. Nestes animais, o coração corresponde a uma vaso dorsal que percorre todo o corpo do animal e ao qual estão ligados vários vasos laterais anelares. Os primeiros cinco vasos laterais têm ainda capacidades contrácteis, funcionando também como corações. Os vasos laterais ramificam-se em estruturas cada vez mais finas, formando vastas redes de capilares. É exemplo deste sistema de transporte a minhoca. O gafanhoto é um exemplo deste sistema de transporte.














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Características apresentadas pelos sistemas de transporte dos vertebrados:

Todos os vertebrados apresentam um sistema de transporte fechado com coração ventral, ocorrendo várias alterações neste grupo que tornaram a circulação mais eficiente. Estas diferenças permitem que os animais usufruam de taxas metabólicas mais elevadas. Nos animais vertebrados, o coração é dividido em compartimentos : dois nos peixes, três nos anfíbios e répteis e quatro nas aves e nos mamíferos. Estes compartimentos têm a função de receber o sangue (através das aurículas) e de o bombear (através dos ventrículos).



Circulação Simples

Nos peixes a circulação é simples, ou seja, o coração é constituído por uma aurícula e por um ventrículo. O sangue completa uma volta total ao corpo, passando uma única vez pelo coração. Ao coração destes animais chega o sangue venoso que é recebido pela aurícula que o bombeia para o ventrículo. Após a contracção do ventrículo, ou seja, a sístole, pressiona o sangue em direcção às superfícies respiratórias. Aí o sangue recebe oxigénio e parte em direcção a todas as células do corpo. O sangue chega às células a baixa pressão, por isso o acesso ao oxigénio e nutrientes é baixo.












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Circulação Dupla e Incompleta

Na circulação dupla e incompleta, o coração apenas possui duas aurículas e um ventrículo, passando o sangue duas vezes pelo coração e percorrendo dois trajectos diferentes, a circulação sistémica e a circulação pulmonar.Devido à existência de um só ventrículo, era de esperar que o sangue arterial se misturasse com o sangue venoso. Tal não acontece, pois a contracção das duas aurículas não é simultânea. O primeiro sangue a ser bombeado é o venoso, que vai para os pulmões e para a pele, onde é arterializado. De seguida é bombeado o sangue arterial, que é conduzido para a cabeça e para as restantes partes do organismo.

Os répteis também apresentam uma circulação dupla e incompleta, mas com excepção dos crocodilos que apresentam um coração e quatro cavidades. O coração destes animais apresenta duas aurículas e um ventrículo e onde se observa um septo incompleto. A contracção da aurícula direita antecede a da aurícula esquerda, evitando a mistura total de sangue venoso e arterial. O ventrículo encaminha o sangue venoso na direcção dos pulmões, para o lado direito e o sangue arterial para o lado esquerdo, no sentido dos restantes órgãos do corpo.










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Circulação Dupla e Completa


Nos mamíferos e nas aves o coração apresenta quatro cavidades: duas aurículas e dois ventrículos. Assim sendo existe recepção de sangue proveniente de duas cavidades sem ocorrer qualquer mistura deste fluído. No lado esquerdo do coração circula sangue arterial e no lado direito sangue venoso. Neste tipo de animais o sangue circula a grande pressão e nunca se mistura. A separação entre a circulação pulmonar e a circulação sistémica nas aves e nos mamíferos permitindo um maior afluxo de oxigénio nas células devido à sua complexidade e, consequentemente, às suas maiores exigências energéticas.
Nestes animais a aurícula direita bombeia o sangue para o ventrículo do mesmo lado que este inicia a circulação pulmonar ao contrair-se expulsando o sangue para a artéria pulmonar. Esta artéria ramifica-se em duas, uma para o pulmão direita e outra para o pulmão esquerdo que por sua vez sofrerão ramificações, transformando-se em arteriolas e capilares. Estes capilares formam uma extensa rede envolvendo os alvéolos pulmonares, permitindo o contacto entre o sangue e o ar alveolar, originando a hematose pulmonar. Quando a aurícula esquerda se contraí envia sangue para o ventrículo esquerdo, iniciando-se então a circulação sistémica. De seguida o ventrículo esquerdo sofre uma contracção originando a expulsão deste fluído para a artéria aorta. A hematose celular permite que o oxigénio e os nutrientes, transportados no sangue, se difundam para as células e que estas se libertem do dióxido de carbono e de substâncias desnecessárias. O sangue venoso formado segue em direcção ao coração, circulando por vénulas que se juntarão em veias, ligando-se à aurícula direita.














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Conclusão

Podemos concluir que existem 2 tipos de sistemas: o sistema aberto e o sistema fechado e 3 tipos de circulação: a circulação simples, circulação dupla e incompleta e a circulação dupla e completa.


Bibliografia:

Livros:

Ferreira J. e Ferreira M. , Planeta com vida biologia ( volume II) – Santillana 2007, Carnaxide


Imagens:
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